PAICV e UCID pedem reconhecimento do papel da família e soluções efetivas que envolvam os diferentes sectores

A deputada Paula Moeda, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que falava na abertura do debate com o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, sublinhou que no mundo onde a igualdade de oportunidade se torna uma medida fundamental de progresso, é determinante que o país esteja vigilante em garantir que todas as pessoas tenham acesso aos mesmos direitos e oportunidades.

Considerou que a inclusão social é um princípio fundamental para a construção de uma sociedade justa e próspera, isto é, onde todos os cidadãos tenham acesso aos mesmos direitos, oportunidades e recursos necessários para viverem uma vida digna, referiu.

“Em Cabo Verde ainda enfrentamos desafios persistentes. Dados recentes revelam disparidades preocupantes em áreas como a educação, saúde, emprego e habitação que continuam a afectar, negativamente, os mais vulneráveis na nossa sociedade. Por exemplo, a taxa da pobreza é significativa, com 31,7 por cento (%) da população a viver abaixo da linha nacional da pobreza”, notou a deputada.

Paula Moeda adiantou que 227 mil pessoas ainda estão a viver na pobreza em Cabo Verde, “fruto de más políticas do governo”, salientando que os agregados familiares monoparentais, estão mais propensos à pobreza e são 45,4%. 

 “Ainda em 2022 registaram-se dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), de estimativa da pobreza extrema com limiares abaixo de 2.15 dólares por dia, 82.291 pessoas, registaram-se também 72.723 pessoas a viverem com menos de 1.9 dólares/dia e 47.844 pessoas a viverem com menos de 1.25 dólares por dia”, disse

No entender de Paula Moeda, a desigualdade económica tem uma tendência de gerar desigualdades sociais, “inaceitáveis”, pondo em causa a integridade do compromisso para com a democracia e comprometendo o futuro sustentável.

Por outro lado, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), Zilda Oliveira, defendeu que as políticas públicas devem garantir direitos sociais e permitir alcançar o bem-estar da sociedade, visando a resolução de problemas sociais.

“Estima-se que 51.664 jovens, dos 15 aos 35 anos, estão sem emprego e fora do sistema do ensino e formação, representando 29.2% do total dos jovens nesta faixa etária”, elencou a deputada da UCID.

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